Os Estados Unidos acusaram o Ruanda de violar o acordo de paz alcançado na semana passada com vista à redução das tensões no leste da República Democrática do Congo (RDC), uma região há anos afetada por confrontos armados e instabilidade política.
De acordo com Washington, as ações atribuídas a Kigali contrariam diretamente os compromissos assumidos no entendimento recente, que previa o respeito pelo cessar-fogo, a contenção de atividades militares e a não interferência nos assuntos internos da RDC. As autoridades norte-americanas consideram que estas alegadas violações minam os esforços diplomáticos em curso e colocam em risco a frágil estabilidade alcançada após as negociações.
O acordo de paz tinha como principal objetivo travar a escalada da violência no leste congolês, onde atuam vários grupos armados responsáveis por confrontos frequentes com as forças governamentais. A instabilidade na região tem provocado milhares de deslocados, agravando a crise humanitária e aumentando a pressão sobre países vizinhos.
Os Estados Unidos alertaram ainda que a continuidade de ações que violem o acordo pode ter consequências diplomáticas e comprometer futuras iniciativas internacionais destinadas à pacificação da região dos Grandes Lagos. Washington reafirmou o seu apoio a uma solução política duradoura, baseada no diálogo, no respeito pela soberania dos Estados e na proteção das populações civis.
A situação no leste da RDC continua a ser acompanhada de perto pela comunidade internacional, que tem reiterado apelos ao cumprimento do cessar-fogo e à implementação efetiva dos compromissos assumidos, como forma de evitar uma nova escalada do conflito e promover a estabilidade regional.
