O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou neste domingo que o seu governo avalia acompanhar a União Europeia na imposição de sanções ao Irão, numa tentativa de reforçar a cooperação política e de segurança com os parceiros europeus.
A decisão surge num contexto de crescente preocupação em Kiev quanto ao apoio militar que Teerão tem prestado à Rússia, nomeadamente através do fornecimento de drones utilizados em ataques contra território ucraniano. “Estamos a analisar medidas que estejam em sintonia com as da União Europeia, para que a Ucrânia esteja alinhada com a política europeia na defesa dos valores democráticos”, declarou Zelensky.
Autoridades ucranianas têm acusado o Irão de contribuir diretamente para a intensificação do conflito, fornecendo tecnologia militar que aumenta a capacidade ofensiva das forças russas. Bruxelas, por sua vez, tem adotado sucessivos pacotes de sanções contra Teerão, abrangendo setores como defesa, tecnologia e finanças.
Para analistas, o gesto de Zelensky visa não apenas responder às ameaças militares, mas também sinalizar o compromisso da Ucrânia com o bloco europeu, num momento em que o país continua a buscar integração mais profunda com as estruturas políticas e económicas da Europa.
Representantes do governo iraniano negam reiteradamente qualquer envolvimento direto no conflito, classificando as acusações como infundadas. Ainda assim, a pressão internacional sobre Teerão tende a aumentar, sobretudo se a Ucrânia formalizar a adesão às sanções europeias.