Na sexta‑feira, 13 de março de 2025, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou Ebrahim Rasool – embaixador da África do Sul em Washington – como “persona non grata”. A decisão dá ao diplomata 72 horas para se retirar do país.
Em uma postagem no X, Rubio descreveu Rasool como um “político incitador de tensões raciais” que “odeia a América e o presidente Trump”, afirmando que os EUA “não têm mais nada a discutir com ele”.
A medida diplomática, bastante incomum, foi tomada no contexto de uma escalada nas relações bilaterais.
Recentemente, o presidente Trump suspendeu a assistência americana à África do Sul, em reação à proposta de expropriação de terras e à apresentação de um caso na Corte Internacional de Justiça por genocídio em Gaza.
Do lado sul‑africano, o governo de Cyril Ramaphosa expressou pesar pela decisão, considerou-a “lamentável” e anunciou que vai tratar do assunto por vias diplomáticas normais.
Rasool, veterano da diplomacia que retornou ao posto em janeiro após também já ter servido entre 2010 e 2015, criticou o discurso de Trump como um reflexo de “supremacia branca” em ascensão nos EUA, apontando mudanças demográficas na sociedade americana.
Contexto e Perspectivas
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Relação em queda: O episódio marca um dos pontos mais baixos nas relações entre EUA e África do Sul nos últimos anos .
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Motivações principais: O estopim foi a retórica crítica de Rasool e o endurecimento da política americana em torno da expropriação de terras e apoio ao caso de Gaza.
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Próximos passos: A África do Sul usará canais diplomáticos para tratar da expulsão, enquanto especialistas apontam para possíveis consequências nas cooperações futuras, inclusive no comércio e na ajuda internacional .
O governo dos EUA, por meio de Marco Rubio, exigiu a saída imediata do embaixador sul‑africano por discordar radicalmente de suas declarações públicas.
A reação de Pretória, embora contrária, foi contida, expressando compromisso com o diálogo diplomático. O episódio evidencia o aprofundamento das diferenças políticas entre os dois países
— especialmente nas áreas de terras, direitos raciais e postura no cenário internacional.