“Luanda amanhece sob forte aparato policial no dia em que Conselho da República se reúne para analisar situação de segurança”

Na manhã desta segunda-feira, 11 de agosto de 2025, Luanda amanheceu sob uma presença policial robusta. Vários pontos estratégicos da capital foram ocupados por agentes, viaturas da Polícia Nacional e até helicópteros, como cenário de receção à reunião extraordinária do Conselho da República, agendada para as 10h, na Cidade Alta — convocada pelo Chefe de Estado para discutir a situação da segurança nacional.

O Conselho da República, órgão consultivo que reúne figuras como a vice-presidente, a presidente da Assembleia Nacional, o procurador-geral da República, líderes partidários e representantes da sociedade civil, teve como foco central o atual panorama da segurança pública.

No dia anterior, domingo, a Polícia Nacional emitiu alerta público, determinando que qualquer tentativa de manifestação ou mobilização dos taxistas seria prontamente reprimida. O porta-voz, Mateus Rodrigues, procurou tranquilidadizar a população, assegurando que “não há razões para preocupações quanto à limitação da circulação pública nos próximos dias”.

Este aumento de tensões decorre dos graves confrontos registrados entre os dias 28 e 30 de julho, em meio à greve dos taxistas motivada pela subida dos preços dos combustíveis. O saldo foi alarmante: segundo a Polícia Nacional, 30 mortos, mais de 200 feridos e cerca de 1.500 pessoas detidas, cenário que forçou muitos moradores a permanecerem em casa e deixou paragens de táxi desertas — algo incomum em uma segunda-feira